Extrema pobreza atinge quase 11 milhões de jovens no Brasil

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Uma situação alarmante situa os dados sociais no Brasil em 2023 para crianças e adolescentes, o aumento expressivo desta população em situação de pobreza e a forte alta da mortalidade materna, segundo informações da Fundação Abrinq. De acordo com a entidade, a extrema pobreza atinge 11 milhões de jovens, e mais de 22 milhões de crianças e adolescentes vivem em situação de baixa renda.
E com intuito de traçar um panorama do cenário da infância e adolescência do Brasil deste ano, a Fundação Abrinq lançou a edição 2023. A publicação que é anual, o objetivo é que esse estudo sirva como material de consulta para auxiliar na incidência de políticas na luta pela garantia e promoção de direitos da infância e da adolescência.
De acordo com Abrinq, o Brasil possui uma população de 68,6 milhões de crianças e adolescentes com idade entre zero e 19 anos, correspondendo a cerca de 33% da população total do país. Em 2021, cerca de 72,4 milhões de pessoas vivendo com até meio salário-mínimo (R$ 550,00). Esse número representa um aumento de cerca de 18% em relação a 2020, quando eram 61,4 milhões de pessoas nessa condição.
Já entre aqueles que vivem com metade dessa renda (R$ 275,00), houve um considerável aumento de aproximadamente 39%, passando de 22,5 milhões de pessoas em 2020 para 31,2 milhões em 2021. A Região Norte apresenta a maior proporção dessa faixa etária, nesta configuração, com quase 42% de sua população composta por crianças e adolescentes. No entanto, é na Região Sudeste que se encontra a maior quantidade de pessoas nessa faixa etária, com pouco mais de 26 milhões de crianças e adolescentes.